A crise da habitação abrange não só Portugal, como toda a Europa. E para ajudar a resolver o problema, o próximo executivo comunitário vai ter, pela primeira vez, um comissário responsável pela Habitação. Quem foi nomeado para assumir a pasta foi o dinamarquês Dan Jørgensen, que terá o papel de atrair investimento para a habitação e ainda promover a redução de custos na construção. Embora a UE não tenha competências diretas nesta área, pode lançar iniciativas. O futuro comissário europeu da Habitação deverá, por exemplo, desenvolver um Plano Europeu para Habitação Acessível, o qual deverá dar assistência técnica aos Estados-membros ao nível dos investimentos. Além disso, este plano deverá ainda incluir uma estratégia para o setor da construção focada na redução de custos e na melhoria da produtividade, escreve o Jornal de Negócios. A par de tudo isto, o futuro comissário da Habitação deverá trabalhar com o Banco Europeu de Investimento (BEI) para criar uma plataforma pan-europeia de investimentos que promova a construção. E terá ainda de trabalhar na flexibilização dos apoios públicos à habitação social, na resolução de questões relacionadas com Alojamento Local e ainda melhorar o uso de casas existentes. A necessidade de eleger um comissário da Habitação ficou bem espelhada na carta de missão que Ursula von der Leyen, presidente da Comissário Europeia, entregou ao comissário designado Dan Jørgensen (social-democrata e também indicado para a pasta da Energia). “Milhões de jovens e de famílias lutam para encontrar habitação acessível em toda a Europa. Temos de resolver isto urgentemente, ajudando os Estados-membros a enfrentarem os fatores estruturais e a desbloquearem investimento público e privado”, lê-se na carta citada pelo mesmo jornal. Artigo visto em (Jornal de Negócios) UE aposta na redução de custos para combater crise na habitação Fonte: idealista/news
A arquitetura biónica é um movimento de conceção e construção de edifícios que surgiu no início do século XXI cujos princípios estéticos das suas formas e layouts são baseados nas formas da natureza. Por esse motivo, predominam formas curvas e superfícies que lembram estruturas biológicas, como plantas ou peixes. Geralmente, este tipo de edifícios têm uma grande altura ou superfície, pois são usados como centros culturais ou de negócios. Em Copenhaga há um exemplo excecional dessa arquitetura biónica, que toma como referência os catos e cujo nome, claro, é o de torres Kaktus. Rasmus Hjortshøj Picos e movimento As Torres Kaktus estão localizadas no distrito de Vesterbro, na capital dinamarquesa, entre os cais do porto interno da cidade e a estação Dybbølsbro. Seu design e construção foram desenvolvidos pelo estúdio dinamarquês BIG. Trata-se de dois arranha-céus irregulares com formas pontiagudas, o maior dos quais com 80 metros de altura, que albergam 495 habitações e ocupam uma área de 26.100 m2. Ambas as torres são conectadas por um parque público elevado entre elas. Rasmus Hjortshøj A aparência distinta e peculiar é alcançada pela rotação contínua de cada andar. Isso dá a cada casa uma visão única do bairro e da cidade. Os "espigões" dos catos, localizados nos cantos salientes, abrem-se para criar varandas que acentuam, ainda mais, essa rotação. Essas varandas salientes são compostas por placas de ferro e uma grade de segurança de metal. Os arranha-céus oferecem uma visão explosiva, não só pelas projeções pontiagudas, mas também pelo movimento das próprias grades e pela cor dourada criada pelo reflexo do sol. Rasmus Hjortshøj Betão e madeira em interiores Ao redor do núcleo de circulação central há uma passadeira circular que permite a comunicação com todos os apartamentos de cada andar. Este corredor contempla um forte contraste entre as duas paredes. De um lado, destaca-se a sobriedade do betão aparente sem nenhum tipo de elemento ornamental; do outro, onde ficam as entradas, há toda a cor, com um amarelo forte na parede entre as portas pretas. Rasmus Hjortshøj Os interiores dos apartamentos nas torres Kaktus combinam revestimento de betão aparente e carpintaria de madeira. O betão é usado principalmente para tetos e paredes, enquanto a madeira é instalada no chão e na parede a meia altura como um pedestal. Na cozinha, esse material assume um papel especial pois encontra-se nos armários que ocupam toda a altura, do chão ao teto, simulando uma parede com um material diferente do restante do conjunto. De acordo com o estúdio de arquitetura, tanto os interiores quanto as varandas angulares foram projetados sob medida. Rasmus Hjortshøj Praça e espaços ajardinados Os apartamentos nas torres já estão habitados, embora os espaços comuns e o parque público ao redor deles sejam concluídos nesta primavera. Essas áreas comuns devem incluir uma cozinha ao ar livre, um refeitório e áreas de fitness. Uma praça pública também está planeada para conectar-se com a estação ferroviária de Dybbølsbro, adjacente a eles. A praça e os espaços ajardinados que circundam as torres darão uma sensação maior de serem catos que crescem do solo, fortalecendo os princípios dessa arquitetura biónica. Rasmus Hjortshøj Fonte: Vicent Selva Belén (Colaborador do idealista news)_idealista/news
Uma lufada de ar fresco foi sentida pelos jovens portugueses que querem comprar casa. Além de já não terem de pagar o IMT e Imposto de Selo, em breve também vão ter acesso à garantia pública, que dá créditos habitação com financiamento a 100%. Estas duas medidas, juntas, vão ajudar a melhorar o acesso à habitação para os jovens até aos 35 anos. Mas enquanto a isenção de impostos permite poupar (e muito), a garantia pública vai aumentar as prestações da casa, exercendo maior pressão sobre os salários destes jovens. Neste artigo preparado pelo idealista/news, revelamos qual é o rendimento que uma família jovem deve ganhar, no mínimo, para aderir à garantia pública e cumprir as regras do Banco de Portugal (BdP). Depois da isenção do IMT e Imposto de Selo entrar em vigor ajudando os jovens até aos 35 anos a poupar milhares de euros na compra de casa, na semana passada foi publicada em Diário da República a tão aguardada portaria que vem regulamentar a garantia pública, uma nova medida que possibilita a concessão de créditos habitação com financiamentos a 100%, contornando, assim, a regra do BdP que limita os empréstimos a um máximo de 90% do menor valor entre o preço da casa e da avaliação bancária. Mas, embora este instrumento já esteja em vigor, os jovens vão ter de esperar até dezembro ou até mesmo ao início de 2025 para poder aderir à garantia pública, porque os bancos têm três meses para colocar em prática esta ajuda à compra de casa. "O financiamento a 100% cria ainda mais pressão a este nível [taxa de esforço], uma vez que, logicamente, um maior montante de financiamento leva a uma prestação superior do empréstimo”, Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal Enquanto as instituições financeiras se preparam para disponibilizar a garantia pública no crédito habitação, os jovens que querem comprar casa podem já começar a fazer contas à vida para perceber se compensa (ou não) dispensar a entrega de poupanças para dar entrada no empréstimo. Afinal, ao contratarem um empréstimo habitação a 100% (ao invés de 90% ou 80%, que obriga a ter uma poupança no valor equivalente para dar de entrada), os novos compradores vão pagar prestações da casa bem mais elevadas e ainda têm de cumprir as regras do regulador português relativas aos limites da taxa de esforço (até 50% no máximo) e às maturidades dos empréstimos (máximo de 40 anos no caso de os jovens terem idade igual ou inferior a 30 anos). Foi por isso mesmo que vários banqueiros já alertaram que a garantia pública só vai beneficiar os jovens com maiores rendimentos, tratando-se de um nicho. “A possibilidade de financiamento a 100%, cumulativamente à isenção de IMT e IS, abre a possibilidade de acesso à compra de habitação aos jovens que não tiveram condições de constituir poupança, ainda que seja apenas uma das dificuldades destas famílias”, diz Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação em Portugal. Mas avisa também que “o preço da habitação pressiona a taxa de esforço dos jovens e o financiamento a 100% cria ainda mais pressão a este nível, uma vez que, logicamente, um maior montante de financiamento leva a uma prestação superior do empréstimo”. Foto de MART PRODUCTION no Pexels Quanto é que os jovens devem ganhar para aderir à garantia pública? As simulações preparadas pelo idealista/créditohabitação revelam qual é o salário que um agregado familiar jovem deve auferir (no mínimo) para aderir à garantia pública com financiamento a 100% a taxa fixa de 3,30%, cumprindo as regras do BdP nomeadamente a taxa de esforço máxima de 50% e a maturidade de até 40 anos para jovens com idade igual ou inferior a 30 anos. Os resultados mostram que se uma família jovem quiser avançar com a compra de uma casa de 150 mil euros, pedindo um crédito habitação de igual valor com a garantia do Estado (financiamento a 100%), a prestação a pagar será de 563 euros mensais. Para que a sua taxa de esforço não supere o mínimo imposto pelo BdP (de 50%), estes jovens têm de auferir um rendimento líquido mensal superior a 1.150 euros. À medida que o preço de compra da casa (e do financiamento bancário) sobe, as prestações também crescem. E, por isso, os jovens têm de ganhar cada vez mais para que a prestação da casa não pese mais de metade dos seus rendimentos líquidos, mostram ainda as simulações. Por exemplo, no caso de um crédito habitação a 100% para comprar casa de 250 mil euros, os jovens têm de ter um salário líquido superior a 1.900 euros por mês, para que a prestação de 939 euros não sufoque o seu orçamento e a taxa de esforço não seja superior a 50%. No caso de os jovens quererem avançar com a compra de uma casa de 450 mil euros (o valor máximo que a garantia pública abrange), têm de auferir mais de 3.400 euros líquidos por mês para que a prestação de 1.690 euros não exceda metade do seu salário. Se os jovens quiserem beneficiar da garantia pública tendo uma maior margem financeira no seu orçamento familiar, terão de ganhar bem mais. Portanto, para que a prestação da casa não represente mais de um terço do seu ordenado (ou seja, para uma taxa de esforço de 33%), a família tem de ganhar: mais de 1.700 euros líquidos na compra de casa por 150 mil euros; mais de 2.800 euros na aquisição de uma habitação de 250 mil euros; e um valor superior a 5.000 euros na compra de casa de 450 mil euros. Importa recordar também que há um limite máximo de salários para aderir à garantia pública, uma vez que os rendimentos não podem ultrapassar o 8.º escalão do IRS (81.199 euros). A par deste critério, medida está só destinada a jovens entre os 18 anos até aos 35 anos (inclusive) com domicílio fiscal em Portugal, que não sejam proprietários de alguma fração autónoma ou prédio urbano habitacional. E o crédito garantido tem de ser destinado à compra da primeira habitação própria e permanente (excluindo casas em construção), sendo que a garantia pessoal do Estado não pode ultrapassar 15% do valor da transação da casa. Ou seja, o Estado torna-se fiador responsabilizando-se pelo pagamento de até 15% do valor do empréstimo caso o jovem entre em incumprimento. Assim, os jovens que ponderem comprar casa devem calcular bem qual é o peso da prestação da casa sobre o seu salário com financiamento a 100% e qual será a redução no valor da prestação caso deem poupanças de entrada no crédito habitação (passando a um financiamento de 90%, por exemplo). Ao que tudo indica, os jovens vão poder aderir à garantia pública em vários bancos – esperando-se que as maiores instituições bancárias adiram – a partir de dezembro ou do início do próximo até ao final de 2026. E o Governo deixou ainda em aberto a possibilidade de prolongar a medida, depois de avaliar o seu impacto. Fonte:Idealista/news
O número de contratos de arrendamento em Portugal é maior do que há um ano. Mas esta elevada procura para uma oferta de casas habitação estruturalmente escassa, continua a impulsionar a subida das rendas. Em concreto, os preços das casas para arrendar em Portugal aumentaram 6% em setembro face ao mesmo mês no ano anterior. O índice de preços do idealista indica ainda que arrendar casa tinha um custo mediano de 16,3 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de setembro deste ano. Já em relação à variação trimestral, as rendas das casas ficaram praticamente estáveis (0,5%). Casas para arrendar mais caras no Porto e Lisboa O preço das casas para arrendar subiu no último ano em Coimbra (14,6%), Santarém (13%), Setúbal (9,2%), Porto (7,3%), Viseu (6,5%), Braga (6,4%), Leiria (6,3%), Lisboa (6%) e Faro (5,7%). Já no Funchal (0,4%), o valor do arrendamento estabilizou. Por outro lado, em Aveiro as casas para arrendar ficaram 6% mais baratas, um decréscimo também sentido em Évora (-4,4%) e em Viana do Castelo (-0,6%). Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 22,1 euros/m2. Porto (17,4 euros/m2) e Funchal (14,2 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (12,8 euros/m2), Setúbal (12,1 euros/m2), Aveiro (11,3 euros/m2), Coimbra (11,3 euros/m2) e Évora (11,2 euros/m2). As cidades mais económicas para arrendar uma habitação são Viseu (6,8 euros/m2), Viana do Castelo (7,7 euros/m2), Leiria (8,2 euros/m2), Santarém (8,4 euros/m2) e Braga (9,3 euros/m2). Arrendamento fica mais caro em 12 distritos e ilhas Dos 17 distritos e ilhas analisados (e com amostras representativas), as rendas das casas subiram em 12 territórios entre setembro e o mesmo mês do ano passado. As maiores subidas do custo do arrendamento foram registadas em Santarém (15,5%), Setúbal (10,5%), Coimbra (10%). As rendas das casas também aumentaram no último ano nos distritos de Vila Real (8,7%), Portalegre (8,7%), Porto (8,2%), Leiria (8,1%), Faro (7,7%), Beja (7%), Braga (6,1%), Lisboa (4,5%) e na ilha da Madeira (3,7%). Por outro lado, as casas para arrendar ficaram mais baratas neste período em Viana do Castelo (-9,5%), Évora (-9,4%), Viseu (-3,5%), Castelo Branco (-3%) e Aveiro (-1,3%). De referir que o ranking dos distritos mais caros para arrendar casa é liderado por Lisboa (20 euros/m2), seguido pelo Porto (15,4 euros/m2), Faro (14,6 euros/m2), ilha da Madeira (13,7 euros/m2), Setúbal (13,2 euros/m2), Coimbra (10,7 euros/m2), Évora (10,1 euros/m2), Leiria (9,7 euros/m2), Aveiro (9,5 euros/m2), Braga (9,4 euros/m2), Beja (8,9 euros/m2), Viana do Castelo (8,3 euros/m2) e Santarém (8,1 euros/m2). Já as casas para arrendar com preços mais económicos encontram-se em Portalegre (6,2 euros/m2), Castelo Branco (6,7 euros/m2), Viseu (6,7 euros/m2) e Vila Real (6,8 euros/m2). Custo de arrendar casa sobe em todas as regiões do país Durante o último ano, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas das rendas encontra-se a Região Autónoma dos Açores (16,6%), seguida pelo Algarve (7,7%), Norte (7,4%), Área Metropolitana de Lisboa (5,7%), Centro (5,5%), Região Autónoma da Madeira (4,4%) e Alentejo (4,3%). A Grande Lisboa, com 19,4 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar uma habitação, seguida pelo Algarve (14,6 euros/m2), Norte (14,1 euros/m2) e Região Autónoma da Madeira (13,8 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se o Centro (9,3 euros/m2), Alentejo (9,9) euros/m2) e a Região Autónoma dos Açores (10,1 euros/m2) que são as regiões mais baratas para avançar com o arrendamento de uma casa. Foto de Madelyn Emery no Pexels Índice de preços imobiliários do idealista Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado. Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado. O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/ Fonte: Idealista/news
Os jovens que têm menos de 35 anos já podem comprar a sua primeira casa sem pagar IMT e Imposto de Selo desde o passado dia 1 de agosto. Agora, importa saber qual é a oferta de casas à venda disponível em Portugal. Contam-se mais de 75.000 casas para comprar por menos de 316 mil euros, o limite para beneficiar da isenção total dos impostos. Isto corresponde a 44% da oferta total disponível no país. Mas onde se situam estas habitações? E são casas novas, usadas ou por reabilitar? Para responder a estas questões, mergulhámos nos dados do idealista/data. Desde logo, salta à vista que a maioria das habitações disponíveis são usadas e que a oferta concentra-se nos grandes centros urbanos. Quem tem até 35 anos, não é dependente, nem proprietário de uma casa (há menos de três anos) reúne os requisitos para poder beneficiar da isenção de IMT [Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis] e de Imposto de Selo (IS) na compra da sua primeira habitação. Para ter a isenção total, estes jovens têm ainda de procurar casas que custem até 316.272 euros. Para ajudar os jovens nesta tarefa, o idealista/news analisou a oferta de habitação em Portugal disponível nos últimos três meses terminados a 18 de setembro. E concluiu que há 136.206 casas à venda elegíveis para eliminar ou reduzir a carga fiscal associada à transação: Casas para comprar até 316 mil euros têm isenção total de IMT e IS: há 76.278 habitações até esse limite de preço (43,8% da oferta total do país para todos os preços); Casas para comprar entre 316 mil euros e 633 mil euros (com isenção parcial de impostos): contam-se quase 60 mil habitações nesse intervalo de valores (34,4% do total). Estes dados do idealista/data também revelam que, em ambos os intervalos de preços, a maioria destas casas são usadas e em bom estado (mais de 110 mil imóveis). Há ainda mais de 13 mil casas novas para comprar e 11 mil casas usadas para restaurar distribuídas pelos vários concelhos do país. Quantas casa à venda existem por menos de 316 mil euros? Para beneficiar da isenção total de IMT e Imposto de Selo (IS), os jovens têm de procurar casas à venda até 316.272 euros. E a verdade é que há milhares de habitações disponíveis em Portugal até esse preço, estando quase 15 mil imóveis situados nas 20 capitais de distrito, mostram os dados do idealista/data. É nos grandes centros urbanos do Porto (3.192 imóveis), Lisboa (1.809) e Braga (1.736) onde existe maior oferta de casas à venda até 316 mil euros. Já os concelhos que têm menos casas disponíveis até este valor são: Portalegre (113), Guarda (180) e Évora (191). Quanto ao tipo de construção, as casas usadas e em bom estado são as que existem em maior número – nos 20 concelhos analisados contam-se cerca de 12 mil imóveis (81% do total). Porto, Lisboa e Braga concentram o maior número de casas usadas em bom estado até 316 mil euros. E Portalegre, Guarda e Vila Real são os municípios que possuem menos habitações deste tipo. A procura por casas novas até este limite de preço poderá não ser tarefa fácil para estes jovens. Isto porque só foram contabilizadas 1.186 habitações em construções novas nestes 20 concelhos – note-se que a isenção só se aplica à compra de casas novas já construídas e não em construção. É no Porto onde existem mais (473), seguido de Braga (237), Aveiro (64) e Lisboa (62). Mas na Guarda, Vila Real, Santarém e em Ponta Delgada existem menos de 10 casas novas à venda. E em Beja, Évora e Portalegre não foi contabilizada nenhuma habitação nova nos últimos três meses terminados a 18 de setembro. Os jovens também têm a possibilidade de comprar casas usadas para restaurar e usufruir da isenção da carga fiscal, desde que cumpram todos os outros requisitos (limite de preço e compra da primeira habitação própria e permanente, por exemplo). Contabiliza-se um total de 1.614 casas para restauro distribuídas pelas 20 capitais de distrito, com Castelo Branco, Porto, Lisboa e Coimbra a liderarem a lista, com mais de 140 imóveis cada. Em Portalegre, Évora e Beja é onde há menos casas para reabilitar. Isenção parcial do IMT para jovens: oferta de casas até 633 mil euros Os jovens que têm maior poder de compra e capacidade para comprar casa entre os 316 mil euros e 633 mil euros também têm direito a uma isenção parcial do IMT e IS. Nestes casos, a componente até aos 316 mil euros fica isenta dos impostos e a restante parte paga o respetivo IMT e IS, havendo, assim, uma poupança nos impostos, ainda que parcial. Nas 20 capitais de distrito portuguesas, a oferta de casas à venda nesse intervalo de preços é supera os 18 mil imóveis, sendo 23% superior à amostra de habitações com preços até 316 mil euros, segundo ainda os dados do idealista/data. Isto acontece porque há mais casas a preços mais elevados nos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto, Braga e Funchal. Uma vez mais, são as casas usadas em bom estado que dominam a oferta: 8 em cada 10 casas à venda (entre 316 mil e 633 mil euros) nestes municípios já teve, pelo menos, um proprietário antes de entrar no mercado. Há mais de 4 mil casas usadas em boas condições de habitabilidade em Lisboa, 3.599 no Porto, 1.422 em Braga e ainda 1.156 no Funchal. Já na Guarda há apenas 6 imóveis com estas características. Neste intervalo de preços mais elevado, os jovens podem ter maior facilidade em comprar casas novas já construídas e beneficiar da isenção de IMT e IS, já que se contabilizaram mais de 3 mil habitações novas nos municípios analisados (17,6% do total). Porto, Lisboa e Funchal são os municípios que possuem maior oferta de casas novas à venda. Mas em Santarém, Évora, Bragança, Beja, Portalegre e na Guarda não foi contabilizada nenhuma casa nova no mercado. As casas usadas para restaurar são as que têm menos oferta entre 316 mil e 633 mil euros: apenas foram contabilizados 459 imóveis nas 20 capitais de distrito. Ainda assim, Lisboa é onde há mais (150), seguida do Porto (141) e do Funchal (41). Em 10 capitais de distrito, o leque de casas para reabilitar é inferior a 10 imóveis, indicam os mesmos dados. E em Bragança e Portalegre não há qualquer imóvel para reformar no mercado neste período. Fonte: Idealista/news